domingo, 28 de julho de 2013

Ode ao amor

Escrevo essas linhas tortas
Certo que abro as portas
Para o grito d'alma sair

Longe de ter vindo do céu
Não pôde reter-se ao corpo
E se derrama incerto no papel

Tuas palavras são flerte
Enchem de brilho o olhar
Tudo que é vida, irão declamar
Pelo meu corpo que jaz, inerte

Queria eu dominar esse jogo
Que de mim só retira
Queria eu poder captar em ti
Toda a luz que me inspira

Queria eu repassar,
Sem que meus versos
Me sejam incertos
O que inquieta o peito

Sim, queria...
Mas isto já não seria possível
Tampouco me é palpável
Nomear tais devaneios

Ainda assim, reluto
Nesse sopro de emoção
Esvai incerto intento último
De descrever teus encantos

De resto, não reclamo
Ainda que faltem palavras plenas
Sem que precise conjugar
Me basta sentir que amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário