sábado, 15 de outubro de 2011

''Eu não queria te machucar.
Você sabe que não.
Fique longe de mim.
Você tem razão sobre tudo.
Eu admito que você está certa sobre tudo.
Você sabe que eu te amo.
Eu não posso mentir para você.
Eu irei mudar.
Eu prometo que irei mudar,
mas você terá que me ajudar.
Me bata se você quiser...
Quando você olhou para mim ontem,
me dei conta de algo.
percebi que, entre você
e um mundo sempre fora de alcance,
há um estranho
e vazio túnel.
Eu não conheço ninguém mais
que conhece esta estrada.
Você está esperando sozinha
na entrada do túnel.
porque você conhece algo
que eu nem mesmo posso dar um nome.
algo tão profundo
e cruel que eu jamais entenderei.
Eu me dei conta que eu nunca vou poder
me aproximar deste mundo.
Eu apenas posso desejá-lo, porque
está oculto sob uma luz e um calor
que não posso suportar.
Não sou capaz de crer nisso,
nem de renunciá-lo
Ontem eu percebi
que havia cometido um grave erro.
Se eu te perdesse,
seria o meu fim irremediável,
pois eu nada sei
sobre esse mundo inefável.
e como você faz parte dele,
você me guiará nele.
Isto nunca pode mudar.
Por favor não me rejeite.
Deixe me vê-la
e eu farei qualquer coisa para você.
Chute-me, cuspa em mim
e eu irei voltar outra vez.'' 
(Condenação, de Béla Tarr ou talvez, em síntese, algo semelhante ao que quis me dizer nesses últimos dias retratado em um filme genial...)

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